Literatura

Ao atravessar mais de quatro séculos da história da literatura, Carlos Costa mergulha no cotidiano íntimo de grandes escritores, como José de Alencar, Gregório de Matos e Pagu

 

 

Talvez você conheça Mário de Andrade por ter publicado “Macunaíma”. Mas sabia que, além de gostar de carnaval e cachaça, ele adorava seus sobrinhos e promovia as brincadeiras nos eventos da família? Ou lembrava que Euclides da Cunha, consagrado por “Os Sertões”, foi morto após um crime passional e até hoje ninguém tem certeza sobre quem era o verdadeiro culpado? São estes acontecimentos curiosos que o pesquisador Carlos Costa apresenta no livro Escritores são humanos: histórias cotidianas da literatura brasileira.

 

A obra conduz os leitores pelos bastidores das vidas dos nossos cânones literários, no intuito de mostrar que, por trás de seus feitos extraordinários, há pessoas comuns. Ao condensar mais de uma década de pesquisa na publicação, o autor expõe os grandes nomes da literatura brasileira por meio de um ângulo que não está presente no ensino das escolas tradicionais e, por isso, talvez seja um conhecimento de difícil acesso às pessoas.

Com linguagem coloquial, Carlos Costa desperta a atenção do público interessado nas trajetórias íntimas dos famosos, ao mesmo tempo que propaga informações sobre a produção literária no Brasil. Para isso, ele delimita uma linha do tempo: narra histórias desde o século XVI, quando Pero Vaz de Caminha registrou em uma carta suas impressões sobre a terra ainda desconhecida aos europeus, até meados da década de 1920, com o marco da Semana de Arte Moderna em São Paulo.

 

Pagu queria sair de casa, mas não tinha idade para isso. Pediu ajuda a Tarsila e Oswald, que prometeram ajudá-la. O plano era o seguinte: Pagu casar-se-ia formalmente com um primo de Tarsila, viajariam em “lua de mel” para Santos, e de lá cada um seguiria seus caminhos. E assim foi feito. Pagu seguiu para a Bahia e o quase quarentão Oswald foi atrás… Quando voltou, Tarsila já sabia do romance dele com Pagu. Soube através de um pai de santo que Oswald levara para casa a fim de espantar as coisas negativas. Ou seja: soube por um desconhecido. Estava tudo acabado: Tarsiwaldo, o casal ícone do modernismo, não existia mais. (Escritores são humanos, pg. 438)

 

Entre as páginas, é possível encontrar fatos inusitados sobre Gregório de Matos, José de Alencar, Álvares de Azevedo e outros. A partir das narrativas, o pesquisador revela quem eram os autores “da porta de casa para dentro” e, sem fazer juízos de valor sobre o que é certo ou errado, desmitifica o aspecto de divindade atrelado à imagem de figuras célebres. No texto, temas sensíveis e atuais são abordados, como feminicídio, racismo, preconceitos sociais e corrupção política.

 

Carlos explica: “Várias são as referências, os exemplos de homens e mulheres que viraram sinônimo de tenacidade, criação, talento e coragem. Mas essas pessoas não são estátuas, elas são humanas, de carne e osso, com erros e acertos. Por trás desses cânones, havia pessoas de chinelo nos pés, que espirravam, transpiravam suor azedo, tinham preconceitos, sentiam frio, medo, ciúmes e raiva”.

 

 

FICHA TÉCNICA
Título: Escritores são humanos: histórias cotidianas da literatura brasileira
Autor: Carlos Costa
Editora: Cepe
ISBN: 978-65-5439-158-0
Páginas: 512
Preço: R$ 60 (físico)
Onde encontrar: Cepe Editora

 

 

O lançamento de "Laurent Suaudeau: o toque do chef" será em 16 de novembro, a partir das 19h, na Vila do Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo

 

 

Livraria da Vila, uma das mais diversificadas redes livreiras do país, recebe em 16 de novembro, quinta-feira, das 19h às 21h, na unidade do Shopping Higienópolis, o chef Laurent Suadeau, para sessão de autógrafos de seu novo livro “Laurent Suaudeau: o toque do chef”.

A obra comemora a célebre jornada pessoal e gastronômica do “chef dos chefs”, carinhoso apelido que Laurent ganhou no país por ter revolucionado a produção culinária do Brasil ao valorizar, em sua cozinha, nos anos 1980, ingredientes típicos da mesa da população brasileira, mas até então inexplorados nos menus dos restaurantes da alta gastronomia.

 

Além de sua história pessoal, que incluiu o aprendizado com Paul Bocuse, lenda da alta gastronomia, Laurent compartilha 50 das principais receitas criadas ao longo das quase cinco décadas dedicadas à cozinha, ilustradas por imagens espetaculares do fotógrafo Sérgio Coimbra.

 

O evento é aberto ao público e gratuito.

 

SERVIÇO

Lançamento e sessão de autógrafos: Laurent Suaudeau: o toque do chef

Autor: Laurent Suaudeau

Editora: Melhoramentos.

Data e hora: 16 de novembro das 19h às 21h

Local: Livraria da Vila Shopping Pátio Higienópolis

EndereçoAv. Higienópolis, 618

Sobre a Livraria da Vila - Com 38 anos de mercado, a Vila conta com dezoito lojas, sendo quinze em São Paulo, duas no Paraná, uma em Brasília. A Livraria da Vila busca cada vez mais se consolidar no cenário editorial, e apresentar-se como um espaço acolhedor, receptivo, inovador e democrático. Muito mais do que um lugar que reúne grandes obras da literatura – são mais de 200 mil títulos em seu acervo, continuamente atualizado –, a Livraria da Vila se preocupa em participar ativamente das comunidades que cercam suas unidades, tornando-se ponto de encontro dos amantes dos livros, da literatura, da música, das artes e da diversidade.



A obra "Copo Vazio", de Natalia Timerman, será discutida no encontro do dia 7, às 19h30, na Livraria da Travessa, já no dia 21 acontece uma retrospectiva do ano com todos os livros lidos

 

 

O Clube da Leitura do RibeirãoShopping realiza nos dias 7 e 21 de novembro, terça-feira, às 19h30, na Livraria da Travessa, as últimas edições do ano. O encontro do dia 7 discutirá a obra “Copo Vazio”, de Natalia Thimerman, já o evento do dia 21 será uma retrospectiva do ano com todos os livros lidos. A inscrição é gratuita e deve ser feita pelo aplicativo Multi (https://www.meumulti.com.br/).

 

O romance “Copo Vazio” conta a história de Mirela, uma mulher inteligente e bem-sucedida, que acaba submergida em afetos perturbadores quando se apaixona por Pedro. O livro perscruta a vulnerabilidade de sua protagonista sem constrangimentos. Há algo de ancestral, talvez atemporal, no sofrimento de Mirela, que ecoa a dor de todas essas mulheres. Mas há também elementos contemporâneos: a forma de vida nas grandes cidades e as redes sociais são questões que acentuam os dilemas. Depois de publicar contos, poemas e ensaios, Natalia Timerman comprova a versatilidade de sua escrita num mergulho de fôlego no mundo psíquico de sua protagonista.

Já o encontro do dia 21 fará uma retrospectiva dos seguintes livros lidos durante o ano: “Torto Arado”, escrito pelo autor baiano Itamar Vieira Junior; “Dois Irmãos”, romance de Milton Hatoum; “Nós Matamos o Cão Tinhoso”, escrito pelo moçambicano Luís Bernardo Honwana; “Olhos D´Água”, da autora Conceição Evaristo; “Fale Bem”, de autoria de Lud e Luiz Puntel; “Suíte Tóquio”, de Giovana Madalosso; “A Biblioteca da Meia Noite”, de Matt Haig; “A origem do mundo”, do escritor Matheus Arcaro; Tudo é Rio”, por Carla Madeira; Conto O Espelho, de Guimarães Rosa; “Quando a primavera chegar”, de Marina Colasanti; “A palavra que resta”, de Stênio Gardel; “Pequena Coreografia do Adeus”, de Aline Bei.

 

O Clube da Leitura é uma iniciativa do RibeirãoShopping, em parceria com a Livraria da Travessa e com a plataforma Bem te quero 60+ (https://bemtequero60.com), sob a moderação do escritor e professor Luiz Puntel e da comunicadora Ludmila Puntel. Todos os encontros são gravados no formato de vídeo e posteriormente divulgados nas redes sociais do empreendimento.

 

Novidades e informações podem ser obtidas pelo site www.ribeiraoshopping.com.br, pelas redes sociais @ribeiraoshopping e pelo aplicativo Multi.

09 out/23

No suspense "Agathas", duas adolescentes unem forças e usam clássicos da Rainha do Crime para resolver um assassinato

Uma jovem desaparecida, um assassinato e vários suspeitos. Enseada do Castelo é uma cidade beira-mar amaldiçoada com garotas que somem, namorados de qualidade duvidosa, segredos familiares, penhascos perigosos e muitos mistérios difíceis de desvendar. É neste local que se passa Agathas, suspense best-seller do New York Times, coescrito por Kathleen Glasgow e Liz Lawson, em que duas adolescentes de personalidades opostas – Alice Olgive e Íris Adams – precisam investigar juntas a estranha morte de Brooke Donovan, ex-melhor amiga de Alice.

Apaixonada pelos livros de Agatha Christie, Olgive questiona-se sobre o que a Rainha do Crime faria para resolver o caso. O primeiro a ser investigado é Steve, estrela do esporte e namorado de Brooke: enquanto a polícia aponta o garoto como o culpado, as meninas não acreditam que ele seja o único a ter motivos para executar o crime e estão dispostas a provar a teoria. Afinal, Christie sempre deixou claro que qualquer um pode ser o culpado e, às vezes, a resposta não é tão simples como se imagina!

Se eu fosse mesmo descobrir o que aconteceu com Brooke Donovan, vou precisar que você [Íris] seja minha ajudante. Você sabe que esse povo, tipo o detetive Thompson, acha que a gente não é capaz de fazer isso. Assim como ninguém achava que Agatha Christie seria capaz de escrever um mistério impossível de solucionar. As pessoas subestimam as mulheres o tempo todo.

(Agathas, p. 125)

 Ao usar as clássicas histórias protagonizadas pelo icônico detetive Hercule Poirot e por Miss Marple, como um guia para resolver mistérios complexos, as investigadoras de primeira viagem descobrem segredos sombrios da cidade que as colocam em perigo. Sem poder confiar em ninguém, as protagonistas criam um laço de amizade improvável e encontram uma na outra o refúgio que ninguém nunca proporcionou a elas.

Narrado pelo ponto de vista de Alice e Íris, Agathas é o primeiro volume de uma série de investigações bem-humoradas que homenageiam a Rainha do Crime. Publicado no Brasil pela Plataforma21, os leitores vão mergulhar em enigmas intrigantes, pois em Enseada do Castelo, nada é o que parece e o caso de Brooke está longe de ser o último assassinato do local.

 

Ficha Técnica:
Títulos: Agathas
Autoras: Kathleen Glasgow e Liz Lawson 
Série/Coleção: Agathas – volume 1
ISBN do livro físico: 978-65-88343-63-0 
ISBN do e-book: 978-65-88343-64-7 
Edição/ano: 1ª ed./2023 
Selo: Plataforma21 
Gênero: Mistério/suspense 
Público-alvo: Juvenil e Jovem Adulto/YA 
Idade recomendada: 14+ 
Número de páginas: 424
Preço: R$ 79,90 
Onde encontrarAmazon e E-commerce VR Editora

 

 

Sobre as autoras:

 

 

KATHLEEN GLASGOW é autora best-seller do New York Times, tendo escrito diversos livros para o público young adult. Sua obra, bastante elogiada pela crítica, já foi traduzida para mais de 30 países. Ela mora e produz seus escritos em Tucson, no Arizona, Estados Unidos. 
Instagram@misskathleenglasgow | TikTok@kathleenglasgow

 

 

LIZ LAWSON já teve sua obra destacada em importantes meios, como as revistas PeopleKirkus Reviews, clubes de leitura como Epic Reads e eleita dentre os melhores livros do ano pela Chicago Public Library. Liz vive em Washington, D.C., nos Estados Unidos, com a família e dois gatos bem arteiros. 

Instagram@lzlwsn | TikTok@lzwsn

 

 

Sobre a editora: A Plataforma 21 é o resultado do carinho da VR Editora pelos jovens leitores. E tudo começou com a publicação do best-seller Maze Runner. São 7 anos oferecendo o que há de melhor em aventura, romance, fantasia e cultura pop na literatura de entretenimento.

 Conheça as redes sociais da editora@plataforma21_ | @vreditorabr

 

05 out/23

Para comemorar o aniversário da líder da Turma mais querida do Brasil, a Vila realiza evento especial, em parceria com editoras Ciranda Cultural e Girassol. A festa acontece na unidade da Fradique Coutinho, em São Paulo e é aberta ao público

 

 

A Mônica, líder da turma mais querida do Brasil – e dos mais de 30 países em que está presente – está completando 60 anos. Para comemorar, a Livraria da Vila vai promover uma festa em parceria com as editoras Ciranda Cultural e Girassol, na unidade da Fradique Coutinho, em São Paulo.

 

Aberta ao público e gratuita, a comemoração acontece no domingo (8/10), das 11h às 16h, e é um ótimo programa para a criançada. Os pequenos poderão brincar com os personagens da Turma da Mônica, se deliciar com carrinho de pipoca e algodão doce e fazer fotos incríveis em uma cabine fotográfica.

 

SERVIÇO
60 anos da Mônica na Livraria da Vila
Data: 08/10
Horário: das 11h às 16h
Local: Livraria da Vila Fradique - Rua Fradique Coutinho, 915 – Pinheiros – SP

 

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Sobre a Livraria da Vila - Com 38 anos de mercado, a Vila conta com dezoito lojas, sendo quinze em São Paulo, duas no Paraná, uma em Brasília. A Livraria da Vila busca cada vez mais se consolidar no cenário editorial, e apresentar-se como um espaço acolhedor, receptivo, inovador e democrático. Muito mais do que um lugar que reúne grandes obras da literatura – são mais de 200 mil títulos em seu acervo, continuamente atualizado –, a Livraria da Vila se preocupa em participar ativamente das comunidades que cercam suas unidades, tornando-se ponto de encontro dos amantes dos livros, da literatura, da música, das artes e da diversidade.

 

Dramas familiares e temas delicados não são novidade quando unidos na literatura. Mas fazer essa mistura adicionada a uma dose perfeita de bom-humor, é tarefa para poucos autores.

 

 

Foi assim, com ousadia e muito talento que Felipe Fagundes escreveu “Gay de Família”, história que mescla debates importantes embrulhados em um bom humor que nos faz rir com os olhos ainda marejados. A obra chega às livrarias através da editora Paralela, selo pertencente ao Grupo Companhia das Letras. A história, inclusive, já teve seus direitos negociados para virar filme.

 

“Gay de Família” nos apresenta Diego, protagonista da trama. Diego espera tudo de ruim dos próprios parentes, mas tudo mesmo. Que o pai tenha uma segunda família. Que a mãe comande um esquema de tráfico humano. Que o irmão lave dinheiro. Por serem versados em todos os crimes do manual da família tóxica, Diego decidiu ser gay bem longe deles. E tudo vai muitíssimo bem, obrigado.

 

“De zero a dez na Escala Gay, esse livro é um mil. Absolutamente hilário” ― Pedro Rhuas, autor de ‘Enquanto eu não te encontro’, sobre o livro

Porém, às vésperas de uma viagem aguardadíssima com amigos, seu irmão aparece implorando por um favor: que Diego seja babá dos três sobrinhos por um final de semana, crianças com as quais ele nunca conviveu. De olho na grana que o irmão promete pagar e acreditando piamente no seu potencial como tio, ele aceita a proposta sem imaginar que os pequenos são, no mínimo, peculiares.

 

O que a princípio parece moleza, mesmo envolvendo uma gata demoníaca, um amigo imaginário e um porteiro potencialmente sádico, acaba se revelando um desafio quando Diego percebe que terá que revirar seus sentimentos e provar que pode dar conta do recado, sem perder o rebolado que apenas um tio gay é capaz de manter.

O livro também critica a noção de que a convivência entre gays e crianças se restringe a casos de abuso ou pedofilia, como infelizmente muito se mostra na mídia. Pessoas LGBT+ e os pequenos podem, sim, a exemplo do livro, desenvolver relações de afeto, respeito e confiança entre si, haja vista tantos casais homoafetivos que atualmente adotam crianças e são verdadeiros exemplos de pais e mães amorosos.

 

“Gay de Família” nos ensina noções valiosas sobre família, pertencimento e respeito. É o tipo de leitura que mostra o valor da escrita para o público adulto, em especial aquele que embandeira uma maior representatividade gay além das ficções adolescentes. Felipe mostra ser um autor preocupado com valores e com a formação de cidadãos sóbrios, questionadores e equilibrados em suas opiniões e valores.

 

 

 

Trecho do livro:

— Você é meu tio viado? — pergunta Diogo 2.

— Nossa, que amor de criança — comento.

Mas não estou ofendido. Vindo dele, ser viado pareceu minha profissão. Você é meu tio professor? Meu tio bombeiro? Meu tio fotógrafo? Eu adoraria ser pago para ser gay.

 

Perfil dos personagens:

Diego

Diego é homossexual e não deixa isso passar batido. Cheio de personalidade e piadinhas ácidas, está fazendo tudo o que pode para levar sua vida de um jeito fácil e ainda conseguir um date no meio tempo. Ao conhecer seus sobrinhos, ele percebe que tem muito a aprender com eles – e muito a ensinar também

Diogo 1 – Ester

O Diogo mais velho, Ester, é uma menina tranquila e silenciosa, que esconde na sua timidez muita personalidade e conhecimento. O único problema é que, mesmo sendo muito inteligente, ainda não descobriu um jeito de não ser confundida com a mobília.

Diogo 2 - Miguel

Diferente da irmã, Miguel, o Dioguinho do meio, instaura o caos por onde passa. Sua brincadeira preferida é criar uma zona de guerra de brinquedos e móveis no meio da sala, além de tudo que envolva princesas e sereias.

Diogo 3 - Gabriel

O menor dos ‘Diogos’, Gabriel, tem três anos e é tão peculiar quanto seus irmãos, ou até mais. Ele só veste preto e tem uma obsessão por tudo que é mórbido, além de levar seu amigo imaginário João Augusto (que também é bem esquisito), para todo lugar.

A gata – Suzie

Essa gata de cara amassada impõe medo em qualquer um que chegue perto. Feiosa e arisca, é melhor não cruzar o caminho dela. Ela pode arranhar e morder, ou pior: te julgar. Mas como seus pequenos donos, ela também esconde um lado carinhoso.

 

Sobre o autor:

FELIPE FAGUNDES nasceu em 1991 e cresceu em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.

Desde sempre escreve histórias bem-humoradas que, na verdade, são dramas disfarçados.

Atualmente, mora com o marido no Rio de Janeiro, e você pode encontrá-lo no Twitter e no Instagram.

 

Serviço:

Livro:  Gay de Família

Autora: Felipe Fagundes (@felipe_fgnds)

Editora: Paralela

Páginas: 272

Preço: R$ 49,90

Adquira o livro em: https://amz.run/79ZP

 

Uma produção da Maralto Edições, lançamento acontece no dia 29 de setembro

 

 

A casa das sete mulheres (2002) é um dos romances mais bem-sucedidos da literatura brasileira. Publicado em diversos países, entre eles Alemanha, Itália e Grécia, em 2003 o livro recebeu uma adaptação para a televisão que ganhou o mundo com veiculação em mais de 40 países. Agora, mais de vinte anos após a primeira edição, a obra ganha uma nova roupagem, desta vez na linguagem dos quadrinhos.

 

Escrito por Leticia Wierzchowski, o livro mergulha o leitor em uma emocionante trama que revela os eventos tumultuados da Revolução Farroupilha, um capítulo crucial na história do Brasil. Com detalhes impecáveis, a obra destaca a história de sete mulheres – Antônia, Caetana, Rosário, Ana, Perpétua, Manuela e Mariana – que enfrentam uma década de confinamento na Estância da Barra, pertencente à família de Bento Gonçalves da Silva. A obra retrata com riqueza de detalhes as batalhas que essas mulheres extraordinárias vivenciaram. Anita Garibaldi, embora não seja uma das "sete mulheres", desempenha um papel fundamental no livro. Sua coragem, determinação e luta pela liberdade também são amplamente exploradas.

 

 “Era um sonho meu adaptar A casa das sete mulheres para a linguagem dos quadrinhos”, revela Leticia Wierzchowski. “Aqui em casa, adoramos HQs, e eu gosto de roteirizar. Acho que a adaptação está linda demais, é como um filme em páginas. Está muito palatável, e acredito que vai encantar leitores de todas as idades. O desenho é uma arte que admiro muito, e estou muito feliz de unir narrativa e desenho neste projeto.”

 

Lançamento da Maralto EdiçõesA casa das sete mulheres em quadrinhos oferece aos leitores uma nova perspectiva sobre a história e os personagens. As ilustrações deslumbrantes capturam a atmosfera rica e os cenários pitorescos da época, desde a fazenda onde as mulheres viviam até os campos de batalha da Revolução Farroupilha. Os detalhes meticulosos trazem à vida os trajes, as paisagens e os momentos emocionais dos personagens de uma forma que vai cativar tanto os leitores já familiarizados com a história quanto aqueles que a estão descobrindo pela primeira vez.

Os traços luxuosos da ilustradora Verônica Berta mantiveram a essência e a profundidade da história original. Diálogos marcantes, conflitos intensos e momentos de conexão humana são retratados com maestria, oferecendo aos leitores uma nova maneira de se envolver com a narrativa. “Fui o mais fiel possível ao roteiro que a Leticia me enviou”, relata a ilustradora. “Precisei fazer pequenas mudanças para que tudo coubesse nas 120 páginas. Nos quadrinhos em geral dosamos a quantidade de texto porque boa parte da narrativa se faz visualmente, de forma mais rápida. Então também reduzi textos que iam para os balões e recordatórios, para que a leitura não ficasse cansativa. Em cada etapa do processo, fui mostrando para a Leticia e a editora aprovarem. Foi uma parceria tranquila. Ao todo foram dois anos de muito trabalho.”

 

A adaptação de A casa das sete mulheres para os quadrinhos é uma homenagem à duradoura importância da história e à sua capacidade de se reinventar em novas formas artísticas. O lançamento deve emocionar e inspirar tanto os fãs apaixonados do romance original quanto uma nova geração de leitores que estão descobrindo o fascínio dessa história icônica. O livro chega às livrarias parceiras a partir de setembro de 2023, e fará parte do Programa de Formação Leitora Maralto, uma iniciativa direcionada para escolas de todo o país.

 

Sobre a roteirista

Leticia Wierzchowski é gaúcha de Porto Alegre e estreou na literatura em 1998 com o romance O anjo e o resto de nós. Desde então, não parou mais de contar histórias. Em 2002, resolveu voltar seus olhos para o passado da região onde nasceu, o Sul do Brasil – o Continente de São Pedro do Rio Grande do Sul era fronteira do império brasileiro e passou 300 anos grávido de guerras. Foi para contar um pouco desse panorama pelo ponto de vista feminino que ela escreveu A casa das sete mulheres. Após ganhar as telas da Globo, a história teve exibição em mais de 40 países, em lugares tão distantes quanto China e Afeganistão. Leticia é uma ficcionista incansável – tem mais de 30 livros de ficção adulta e infantil publicados no Brasil e no exterior, entre eles SalUma ponte para TerebinDerivaCristal polonês e O menino que comeu uma biblioteca – os dois últimos receberam o selo Altamente Recomendável da FNLIJ e foram adotados em escolas de todo o país. É professora de escrita criativa e trabalha também como roteirista audiovisual.

 

Sobre a ilustradora

Verônica Berta é quadrinista, ilustradora e colorista. É autora da HQ Ânsia eterna, finalista do prêmio Jabuti e indicada aos prêmios HQMIX e Angelo Agostini. A HQ também foi publicada em versão bilíngue no Catálogo HQ Brasil (organizado pela Bienal de Quadrinhos de Curitiba em parceria com o Itamaraty). Ilustrou a adaptação para quadrinhos de Quincas Borba, de Machado de Assis (com roteiro de Luiz Antonio Aguiar) e participou da antologia Eu e o isolamento (Programa Brasil em Quadrinhos – parceria entre a Bienal de Quadrinhos de Curitiba e a Embaixada do Brasil em Beirute). Também é autora de quadrinhos independentes, como Princesa de areia. Em 2023, mesmo ano em que lança sua adaptação em quadrinhos de A casa das sete mulheres, foi convidada para participar da exposição itinerante do metrô de São Paulo em comemoração ao Dia do Quadrinho Nacional ao lado de Marcelo D’Salete.

 

 

A casa das sete mulheres em quadrinhos

Editora: Maralto Edições – Instagram @maraltoedicoes

Preço: R$ 61,90

Autora: Leticia Wierzchowski

Ilustradora: Verônica Berta

Páginas: 120

Vendas: Amazon e livrarias parceiras

 

Lançamento oficial: 29/09 às 19h

Onde: Santos Livraria, Unidade Casa Prado

Rua Dinarte Ribeiro, 148 – Loja 06 – Moinhos de Vento, Porto Alegre

 

 

 

Exemplares da obra, que celebra os dez anos da instituição e cinco anos do projeto Colhendo Memórias, serão doados a bibliotecas de escolas públicas de Pontal (SP)

 

As histórias que permearam a vida dos antigos moradores da Fazenda Engenho Central, em Sertãozinho (SP), serviram de inspiração para o livro “Colhendo Memórias”, lançado pelo Museu da Cana, em comemoração aos dez anos de sua fundação. Criada por Ana Luiza Gentil e Dino Bernardi, que também fez as ilustrações, a obra celebra ainda os cinco anos do projeto homônimo, criado para difundir a história do trabalhador rural evidenciando seu protagonismo na cadeia do setor sucroenergético.

 

Com características poéticas que o transforma em uma publicação para crianças e adultos, o livro traz em suas páginas memórias vivas do cenário rural que permeia o nordeste paulista. “É um deleite para os apreciadores das artes do escrever e do ilustrar, inicialmente, é voltado a crianças, mas percebemos que também encanta muito os adultos e as pessoas da terceira idade, principalmente, por remeter ao passado e mexer com suas lembranças”, comenta Maria Esteves, produtora executiva do projeto Colhendo Memórias.

 

“A inspiração veio das histórias do povo que ali vive, das paredes do Engenho, museu guardador dessas memórias, desse chão vermelho. Houve um mergulho em pesquisas literárias sobre o universo da roça e toda a beleza que vem dela. O uso da linguagem poética carregou de afetos o cotidiano desse lugar. Muitas conversas, muito trabalho e muitos encontros para realizar o trabalho que é de todos nós. E continuemos a colher memórias”, diz Ana Luiza.

Na ilustração, Dino utilizou técnicas mistas com aquarela, lápis de cor, guache, lápis aquarelado, entre outras. “Eu pensei muito em atmosferas, tanto é que o céu tem um protagonismo nas ilustrações, assim como a vegetação e suas cores, que são muito importantes. Tentei trazer o calor dessa alma do povo dessa terra. É um prazer muito grande participar da manutenção dessas memórias tão ricas e que fazem parte de nós”, comenta Bernardi.

 

O livro “Colhendo Memórias” foi viabilizado pelo ProAC ICMS, política pública da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, como produto cultural do projeto homônimo do Museu da Cana e teve como seu patrocinador a Sorocaba Refrescos. "Apoiar o Museu da Cana significa conhecer melhor o nosso passado, cuidar melhor de nossas crianças e, assim, construir um futuro melhor.", afirma Cristiano Biagi, diretor-presidente da empresa patrocinadora.

 

Dos 600 exemplares impressos, 280 serão doados às bibliotecas das escolas públicas de Pontal (SP). Cada uma receberá 40 livros, assim, os professores poderão trabalhar a obra dentro da sala de aula com os alunos.

 

 

Dez anos do Museu da Cana

Localizado na Fazenda Engenho Central, zona rural de Sertãozinho (SP), o Museu da Cana apresenta números que o coloca em pé de igualdade com os importantes museus do Brasil. Neste período de existência, o local contabiliza 200 mil visitantes, 11 programas culturais, educativos e sociais em curso, entre eles, o Colhendo Memórias, o Verdear, a Biohorta e também o projeto Jovem Aprendiz, para formação de jovens para o trabalho em atividades rurais.

“O museu realiza ainda ações e projetos que enaltecem saberes, crenças e costumes da vida no campo, como a tradicional Festa Junina que atrai, a cada ano, milhares de pessoas, seguindo uma tradição de mais de 60 anos no Engenho Central”, comenta Leila Heck, diretora da instituição.

 

O local preserva um rico acervo de peças, maquinários e um complexo arquitetônico representativo do processamento da cana-de-açúcar, datados do século XIX e início do XX, destacando-o como um espaço de preservação das antigas tecnologias de produção de açúcar e álcool. A oficina de forja da Usina Schmidt foi uma incubadora de talentos que, mais tarde, criaram o importante parque metalúrgico de Sertãozinho, hoje uma referência no setor sucroenergético mundial. “O museu segue formando mão-de-obra nas áreas de cultura, artes, técnicas de conservação e pesquisa histórica, fomentando e gerando riquezas para Sertãozinho e região”, afirma Leila.

 

De acordo com ela, o sonho de transformar o Engenho Central em museu foi de Luiz Biagi, empresário do setor sucroalcooleiro e amante da tecnologia, que desde os anos 1980, acalentou a ideia de preservar os edifícios e a mata do entorno. O sonho tornou-se realidade em 13 de dezembro de 2013, quando juntamente com sua esposa Carina, inauguraram o Museu da Cana, um lugar que proporciona uma experiência de reconexão com o passado e possibilita o conhecimento e valorização do trabalho nas usinas de açúcar e álcool.

O Museu da Cana fica na Fazenda Engenho Central, Casa 1, zona rural de Sertãozinho (SP). Para informações e agendamentos de visitas de grupos, ligue: (16) 3497-5008 ou 99740-5008. Acesse www.museudacana.org.br e saiba mais sobre a instituição.

 

22 jun/23

BATE-PAPO + SESSÃO DE AUTÓGRAFOS
Como fazer literatura fora das capitais?

 

Se a literatura é um bem incompressível como dizia Antonio Candido, ou seja, algo tão essencial quanto a comida ou a vestimenta, ela não pode ficar restrita aos grandes centros urbanos. A literatura de qualidade, feita fora das metrópoles, precisa ter uma distribuição razoável para o interior do Brasil. Mas como? Neste encontro, Matheus Arcaro, que está lançando seu sexto livro, A origem do mundo, Editora Patuá 2023, vai propor um bate-papo tendo como base a feitura da arte fora das capitais, bem como autografar sua nova obra.

 

07 jun/23

A mesma luz que salva também pode destruir o mundo?

Em "Blue Light", Camila do Carmo Falcão envolve os leitores em uma história de fantasia com segredos monárquicos, poderes sobrenaturais e confrontos com as trevas personificadas

 

Imagine acordar em um dia qualquer sem nenhuma lembrança sobre sua vida. Você não se recorda do próprio nome, nem sequer tem certeza se é humano. Todas as informações que possui são uma carta com uma frase misteriosa, uma coroa dentro da bolsa e o fato de ser invisível para outras pessoas. A personagem autodenominada Aurora, do livro Blue Light, de Camila do Carmo Falcão, precisa desvendar os enigmas da própria existência a partir desses elementos fragmentados e aparentemente sem relações entre si.

 

A protagonista se encontra na década de 2050, em Skylight, uma metrópole moderna governada por uma família real que não costuma aparecer em público. Nesta cidade com milhares de habitantes, ela coloca a coroa na cabeça pela primeira vez e ilumina-se por inteiro, causando uma comoção entre os moradores que acreditam estar na presença de um anjo.

 

Assustada e com roupas destruídas, Aurora busca um lugar para se refugiar e encomendar novas peças de vestuário. É assim que seu caminho cruza o de Dominique, um jovem e humilde costureiro responsável por produzir vestimentas para a população pobre. Os dois se unem para desvendar os mistérios por trás da existência da personagem, mas ele também esconde grandes segredos sobrenaturais.

 

Por que eu tenho que salvar o reino? A mesma sensação estranha de antes me sobreveio, era uma sensação de ter o dever de fazer o que era certo. Algo parecia estar me atraindo para o castelo. Passei pelos muros, pelos guardas e me vi de frente para a grande porta de vidro! Como entrar? Então vi novamente aquela garota, seja lá quem fosse ela, era a minha única chance de entrar. (Blue Light, pg. 63)

 

Compromissada com sua ética, e após descobrir seus poderes mágicos para controlar a luz, a protagonista vai enfrentar uma gangue prestes a atacar os membros da realeza, a corrupção institucionalizada da polícia e uma figura semelhante a ela, mas que é a personificação das trevas. A trama, porém, não acaba nesta obra: a autora planejou uma saga de sete livros denominada “Luzes Brilhantes”.

 

Com uma escrita fluida, capítulos curtos, ilustrações complementares à história e detalhes que dão pistas sobre as próximas reviravoltas, Camila do Carmo Falcão deixa os leitores atentos até a última página. Blue Light é uma fantasia cristã, que utiliza os preceitos religiosos para abordar temas como moralidade, bondade e justiça. Mas é uma obra para todos os públicos, porque apresenta esses elementos de forma implícita, como a questão dos anjos. “O livro leva uma mensagem universal de forma divertida, cheia de aventuras e ensinamentos para toda a vida”, explica a autora.

 

FICHA TÉCNICA

Título: Blue Light
Autora: Camila do Carmo Falcão
ISBN: B0BVGGMJ1
Páginas: 82
Preço: R$ 79,97 (físico) e R$ 34,90 (e-book)
Onde comprar: Amazon

 

"Histórias para mães dormirem" coloca em evidência os diversos sentimentos da maternidade, desde as preocupações com as crianças até a saudade dos filhos adultos

 

Quantas mães ficam acordadas durante as madrugadas, preocupadas com os filhos e sobrecarregadas com as demandas da família? Alzira Souza Umbelino Cardillo escreveu o livro Histórias para mães dormirem para essas mulheres serem acolhidas com narrativas aconchegantes antes de adormecerem e terem uma noite de sono tranquila.

 

Em 18 contos, a autora dá voz a diferentes perspectivas femininas para mostrar a diversidade dos sentimentos da maternidade. Através de textos curtos e momentos simples, a escritora aborda as frustrações, os medos e as alegrias de ser mãe nas mais variadas fases da vida delas e dos filhos. Também apresenta múltiplos pontos de vista e contextos, das relações familiares no meio urbano até nas cidades do interior.

Em “Aconchego”, por exemplo, uma personagem percebe as grandes diferenças entre duas gerações ao deixar sua filha passear no shopping com os amigos sem a presença de adultos pela primeira vez. No início, a garota sente vergonha das interações amorosas da matriarca, mas depois ambas percebem que esse carinho ainda é necessário em períodos de tensão.

 

Mais que quando nadava nos rios de menina, Joãozinho. Eu me sinto é flutuando
pelo firmamento com meu rabo de cavalo da meninice jogado para os lados, ao vento,
pertença do criador, Deus meu, feito o astronauta que vi na televisão... Vocês ganharam
a vida pelo mundo afora, mas, quando voltam para casa, como aqui e agora, quem
ganha o universo sou eu. 
(Histórias para mães dormirem, pg. 21)

 

Já em “Astronauta”, a protagonista fica feliz quando todas as suas crianças, agora adultos com suas próprias carreiras, retornam ao interior em que nasceram para passar um tempo com os pais. Por outro lado, no conto “Bordado”, a escritora destaca como esse distanciamento da família pode acarretar no abandono de memórias e vivências importantes durante o crescimento. 

 

Histórias para mães dormirem é dedicado às mães, mas também é um livro a todos que, ao final do dia, querem se entreter com textos para esquecer os problemas cotidianos. Alzira define: “Os contos são leves, despretensiosos e singelos; são um convite ao descanso e ao repouso; são uma oferta de dose suave e prazerosa de entretenimento e emoção que toda mãe merece experimentar”.

 

FICHA TÉCNICA

Título: Histórias para mães dormirem
Autor: Alzira Souza Umbelino Cardillo
Editora: Conhecimento
ISBN: 978-65-86529-86-9
Páginas: 90
Preço: R$ 35
Onde comprar: Amazon | Estante Virtual

 

No livro "O Segredo de Spalla - Revelações", o escritor Marcelo Brambilla envolve os leitores em um enredo de ação e mistério que atravessa centenas de anos

 

A história de O Segredo de Spalla não é somente sobre almas gêmeas, apesar de Marcelo Brambilla escrever uma trama cativante para fazer o público torcer pelos dois espíritos que se conhecem e se desencontram em várias reencarnações. É, também, uma saga sobre uma aventura secular, que envolve organizações internacionais, entidades religiosas e figuras sobrenaturais.

 

Inicialmente chamado Tommy, o personagem principal é um jovem piloto de motovelocidade que conhece Carol, uma importante maestrina. Os dois se apaixonam, mas o homem logo descobre que eles fazem parte de uma lenda, cujas comprovações estão guardadas nos cofres do Vaticano. De acordo com os boatos, os documentos protegidos pela instituição mostram a verdade sobre Deus. A partir desse momento, ambos se encontram em uma aventura que atravessa o tempo e o espaço. Já no lançamento do terceiro livro, O Segredo de Spalla - Revelações, Tommy se torna Ali, nascido no meio da guerra civil do Iêmen e que precisa ser resgatado por Buhba, seu amigo de muitas vidas e narrador da obra.

 

Buhba, ainda sentia em seus braços o peso do pequeno Ali. Era muito difícil para ele se desvencilhar da imagem sofrida daquela família e do olhar fixo em seus olhos daquele bebê. Era o velho amigo, companheiro de tantas batalhas que voltava aos seus braços, renascido e buscando um novo período de preparação para defender a Lenda de Spalla. (O Segredo de Spalla - Revelações, pg. 59)

 

Eles, entretanto, serão perseguidos por governantes e organizações religiosas dispostos a tudo para colocar as mãos nos poderes de Deus. Mas também contarão com a proteção de animais encantadores, de um pequeno grupo de mulheres e até do Arcanjo Miguel. O escritor ainda insere os leitores em períodos diferentes da história mundial. Trata, por exemplo, da Primeira Guerra Mundial, da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria, além de abordar as consequências desses confrontos nas trajetórias dos personagens.

 

Com esta aventura fantástica e por meio de uma escrita leve, o autor discute sobre religião, valores morais e a importância do combate ao preconceito em suas mais diversas formas. A partir da realidade de cada um dos protagonistas, ele explicita os problemas da sociedade, como a misoginia, o racismo e os conflitos de poder.

 

 

FICHA TÉCNICA

Título: O segredo de Spalla - Revelações
Autor: Marcelo Brambilla
Editora: Ases da Literatura
ISBN: 9786554280822
Páginas: 348
Preço: R$ 79,90 (físico) e R$ 24,99 (e-book)
Onde comprar: Amazon

 

Museu do Futebol tem como destaques mostra sobre Copas do Mundo de Futebol Feminino e A Feira do Livro na Praça Charles Miller. Já o Museu da Língua Portuguesa é uma experiência incrível sobre a diversidade do português do Brasil

 

Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, ambas instituições da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, estarão funcionando normalmente no feriado do Corpus Christi e no fim de semana da 27ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo. São, portanto, ótimas opções de passeio para quem vai estar na capital paulista entre os dias 8 e 11 de junho. Os ingressos para ambos os espaços podem ser adquiridos, antecipadamente, pela internet ou diretamente na bilheteria.  

 

No Museu do Futebol, um dos atrativos é a mostra temporária Rainhas de Copas, que apresenta as atletas brasileiras que fizeram história nas edições das Copas do Mundo de futebol feminino, cuja primeira edição aconteceu somente em 1991, 61 anos depois da versão inaugural da Copa para os homens. Há fotos, vídeos e depoimentos de mulheres que, lutando contra o preconceito e o machismo, conquistaram vitórias e medalhas importantes para o desenvolvimento da modalidade.  A curadoria é de Aira Bonfim, Juliana Cabral, Lu Castro e Silvana Goellner. Trata-se de um passeio imperdível, ainda mais em ano de Copa do Mundo de Futebol Feminino – a próxima edição do torneio, que será realizado na Nova Zelândia e na Austrália, começará em 20 de julho.  

 

Além disso, entre os dias 7 e 11 de junho será realizada bem na frente do Museu do Futebol a segunda edição d’A Feira do Livro na praça Charles Miller, com debates acontecendo também no auditório do Museu. Durante a realização da Feira, todos os públicos pagam meia entrada para entrar no Museu – ou seja, R$ 10.  

 

Prestes a celebrar dois anos de sua reinauguração, o Museu da Língua Portuguesa tem como destaque a sua exposição principal, na qual o visitante conhece a diversidade e a riqueza do português do Brasil. Ela é dividida em diferentes experiências lúdicas e interativas. Na instalação Palavras Cruzadas, por exemplo, o público pode descobrir a origem de vocábulos como gay, que vem do inglês, e travesti, que vem do francês. Já no Falares, há depoimentos de nomes como a cartunista Laerte e Paula Beatriz de Souza Cruz, a primeira diretora trans da rede estadual de ensino de São Paulo – tal experiência da exposição principal revela a pluralidade da língua portuguesa dentro do território brasileiro.  

 

Caso o visitante queira fazer um tour especial com os educadores do Museu, há duas opções de horários, tanto no sábado quanto no domingo: às 10h e às 13h, acontece uma visita mediada pela exposição principal; e às 11h e às 15h, é a vez de um passeio pelo histórico prédio da Estação da Luz. Os grupos, de até 15 pessoas, são formados por ordem de chegada, perto da bilheteria do pátio A. Uma outra dica é ir até o terraço do prédio, espaço aberto para visitantes após a reinauguração do Museu, e fazer uma foto com a torre do relógio da Estação da Luz ao fundo.   

 

Combo Museu da Língua Portuguesa e Museu do Futebol 
Quem optar comprar o ingresso para o Museu da Língua Portuguesa pela internet pode garantir a entrada para o Museu do Futebol pela metade do preço. A promoção é válida somente para as compras pela internet iniciadas pelo ingresso do Museu da Língua Portuguesa. 

Vale lembrar que, aos sábados, a entrada do Museu da Língua Portuguesa é gratuita; já no Museu do Futebol, quem o visita às terças-feiras não paga nada. 

 

 

SERVIÇO  
Museu do Futebol  
Exposição temporária Rainhas de Copas  
Praça Charles Miller, s/n - Pacaembu - São Paulo  
De terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até as 17h)  
Toda primeira terça-feira do mês, até as 21h (entrada até 20h)  
R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)  
Entre 7 e 11 de junho, R$ 10 para todos os públicos 
Crianças até 7 anos não pagam  
Grátis às terças-feiras  
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet
https://bileto.sympla.com.br/event/78348/d/194017/s/1305041
Estacionamento com Zona Azul Especial — R$ 6,08 por três horas  

 

Museu da Língua Portuguesa  
Exposição principal  
Praça da Luz, s/nº - Luz – São Paulo  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até 18h)  
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados  
Acesso pelo Portão A  
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet:  
https://bileto.sympla.com.br/event/68203  
www.museudalinguaportuguesa.org.br  

 

SOBRE O MUSEU DO FUTEBOL  
Localizado numa área de 6.900 m² no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho — o Pacaembu, o Museu do Futebol foi inaugurado em 29 de setembro de 2008 e é um dos museus mais visitados do país. Sua exposição principal, distribuída em 15 salas temáticas, narra de forma lúdica e interativa como o futebol chegou ao Brasil e se tornou parte da nossa história e nossa cultura.  

 

É um museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, concebido pela Fundação Roberto Marinho e administrado pela Organização Social de Cultura IDBrasil Cultura, Educação e Esporte. 

 

PATRONÍCIO E PARCERIAS  
A Temporada 2023 do Museu do Futebol conta com o Patrocínio Máster do Banco Bmg, são Patrocinadores: Goodyear, Rede, Sabesp e Farmacêutica EMS. Conta ainda com o Apoio do Mercado Livre e com as Empresas Parceiras: Evonik Brasil e Banco Safra. São Parceiros por meio da Lei de Incentivo ao Esporte: Braskem, Pinheiro Neto Advogados e TCL. Revista Piauí, Gazeta Esportiva, Guia da Semana, Dinamize, JCDecaux e Helloo são seus parceiros de Mídia. A Temporada é realizada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.  

A exposição Rainhas de Copas fica em cartaz até 27 de agosto e conta com o Patrocínio Máster do Banco Bmg, com o Patrocínio da Goodyear, da Rede e da Sabesp; e com o Apoio da Farmacêutica EMS e do Mercado Livre – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. 

 

SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA  
O Museu da Língua Portuguesa é um equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

 

PATROCÍNIOS E PARCERIAS   
A reconstrução do Museu da Língua Portuguesa tem Patrocínio Máster da EDP e Patrocínio do Grupo Globo, Itaú Unibanco e Sabesp – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O Apoio é da Fundação Calouste Gulbenkian.  A Temporada 2023 conta com Patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e do Grupo Globo, com Apoio do BNY Mellon e da PwC Brasil, e com as empresas parceiras Marsh McLennan, Eaton, Machado Meyer e Verde Asset Management. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize, JCDecaux e Helloo são seus parceiros de mídia. A Temporada é realizada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

25 mai/23

Primeira edição do “Infesta” acontece em Ribeirão Preto

A Vida pelo Buraco da Fechadura é o tema do evento, que leva o teatro de Nelson Rodrigues ao público da cidade

 

Ribeirão Preto (SP), 24 de maio de 2023 - A Cia Representando a Arte inaugura o “Infesta”, um festival que busca celebrar o teatro brasileiro. Serão quatro dias de evento, de 1 a 4 de junho, com atividades abertas e gratuitas, classificação livre e retirada de ingresso no local com uma hora de antecedência. A programação faz parte das comemorações do aniversário de 167 anos de Ribeirão Preto que acontecem durante todo o mês de junho.  

A agenda conta com: bate-papo “O Teatro Brasileiro”, com o pesquisador Daniel Marano, às 20h do dia 1, no Palácio do Rio Branco; espetáculo “Doroteia” performado pelo Grupo Fócu de Teatro, às 20h do dia  2, no Teatro Municipal; oficina “Corpo – Texto: o trabalho físico da arte de ator”, ministrada também pelo grupo, Fócu, das 14h às 18h do dia 3, no Centro Cultural Arteia; bate-papo “O Teatro de Nelson Rodrigues”, com Crica Rodrigues (atriz, pesquisadora e neta de Nelson Rodrigues), às 20h do dia  3, no Palácio do Rio Branco; e, por fim, sarau e aula aberta, às 19h do dia  4, na Arena Porão.

 

O festival foi projetado para levar ao interior do país — mais especificamente de São Paulo — as potencialidades do teatro brasileiro. Trata-se de uma iniciativa que busca promover o diálogo entre os fazeres diversos da artesania teatral e demonstrar a  força da cultura nacional. Para além disso, conforme Richard Oliveira, diretor geral da Cia, o objetivo do “Infesta” é, também, “enaltecer o teatro brasileiro e criar uma ação gratuita de arte no interior do estado”, prometendo torná-la acessível e alcançável.

 

A ideia de vincular o “Infesta” a Nelson Rodrigues, ainda segundo o diretor, surgiu da necessidade de ampliar para a cidade o já existente projeto do Programa de Ação Cultural (PROAC), “Rodrigueando por São Paulo”. Iniciativa que também foi responsável por levar para 12 cidades em seis regiões do estado o espetáculo “Doroteia”, que também será estrelado em Ribeirão Preto pelo Grupo Fócu de Teatro.

 

Richard Oliveira diz que fazer parte da agenda cultural de Ribeirão Preto está sendo um desafio, pois na sua ótica, Ribeirão Preto é um centro de referência tanto para o teatro quanto para outras manifestações artísticas e no que se refere a grupos independentes. “Poder trazer mais uma ação para cidade é a realização de um sonho. Queremos produzir aqui e deixar aqui o que produzimos”, reflete.

 

Direcionado a estudantes de teatro e artistas em geral, amantes de literatura, dramaturgia, história, cultura brasileira e o público em geral, o evento propõe uma revolução cultural em clima de festa.  “A nossa ideia é que o Infesta, com os anos, cresça e ocupe cada vez mais espaços, como uma infestação de arte em todo lugar”, acrescenta.

 

O festival é uma produção da Cia Representando a Arte, com realização do Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa em parceira com a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto através da Secretaria de Cultura e Turismo do município, com apoio de Amo Dança, Gitirana Produções, Arena Porão, Centro Cultural Cerâmica e Centro Cultural Arteia.

 

 

SERVIÇO
O que:
1ª edição do Infesta – Festival de Teatro, em Ribeirão Preto (SP)
Data: 1 a 4 de junho


Programação completa do evento

1/6 - 20h

Bate Papo "O Teatro Brasileiro"

Com Daniel Marano, pesquisador do Rio de Janeiro (RJ).

Local: Palácio do Rio Branco – Rua Visconde do Rio Branco, 943 - Centro, Ribeirão Preto/SP.

 

2/6 – 20h

Espetáculo teatral DOROTÉIA de Nelson Rodrigues

Com Grupo Fócu de Teatro

Local: Teatro Municipal de Ribeirão Preto – Via São Bento, S/N - Campos Elíseos, Ribeirão Preto/SP.

O Grupo Fócu de Teatro - Núcleo de Pesquisa e Produção Teatral da Cia Representando a Arte apresenta o espetáculo de repertório"Dorotéia", de Nelson Rodrigues.  

 

3/6 – 14h às 18h

Oficina "Corpo - Texto: O Trabalho Físico da Arte de Ator"

Com Grupo Fócu de Teatro

Local: Centro Cultural ARTEIA – Rua Dr Paulo Tinoco Cabral, 230 - Jd São Luiz, Ribeirão Preto/SP

A oficina é uma abertura de parte do processo de construção do espetáculo Dorotéia. Ministrada por integrantes do Grupo Fócu de Teatro, caminhará pelas práticas e treinamentos que o grupo desenvolveu e, ainda desenvolve, nos processos de construção, manutenção e pesquisa do espetáculo.

OBS.: necessário efetuar inscrição previamente.

 

3/06 – 20h

Bate Papo "O Teatro de Nelson Rodrigues"

Com Crica Rodrigues

Local: Palácio do Rio Branco – Rua Visconde do Rio Branco, 943 - Centro, Ribeirão Preto/SP

A atriz e pesquisadora Crica Rodrigues falará sobre o Teatro de Nelson Rodrigues, trazendo uma perspectiva não apenas teórica, mas familiar a respeito da obra e vida de seu avô.

 

4/6 – 19h

“Sarau de Cenas Bonitinhas, mas Ordinárias” e Aula aberta

Local: Arena Porão – Rua 21 de abril, 375 - Vila Tibério, Ribeirão Preto/SP

Apresentação de conclusão da oficina "Trágicas, Míticas e Psicológicas: o Teatro Desagradável de Nelson Rodrigues" realizada pelo Grupo Fócu de Teatro. Serão apresentados recortes de obras do autor, que foram dirigidos e organizados pela atriz e diretora do Grupo Fócu de Teatro, Gracyela Gitirana. Após o sarau, haverá uma aula aberta com a professora e pesquisadora Renata Soares Junqueira. A aula "Nelson Rodrigues: O Inferno é Aqui!" falará sobre a pesquisa realizada pela autora na construção de seu livro "Nelson, o Alquimista do Inferno: algo mais sobre Nelson Rodrigues no teatro e no cinema".

Depois de cinco obras bem-sucedidas, Matheus Arcaro, natural de Ribeirão Preto, lança novo livro na cidade.

 

            A origem do mundo, de Matheus Arcaro, será lançada pela editora Patuá (SP), em 11 de maio. A obra traz 17 contos – todos ilustrados pela artista plástica Leda Braga – e conta com orelha de Micheliny Verunschk e quarta capa de Maria Fernanda Maglio, ambas escritoras premiadas. Este é o sexto livro do autor, que já escreveu contos, poesias, romance e não-ficção.

            De acordo com Arcaro, o ponto de partida deste livro foi um estudo da Universidade de Brasília, coordenado por Regina Dalcastagnè, que se transformou em livro. A pesquisa constata que os protagonistas da literatura brasileira em sua grande maioria, são masculinos - 62% são homens e 81% são heterossexuais.

            “Tendo acesso a essa realidade, comecei a esboçar os contos levando em conta duas premissas: todos seriam protagonizados por mulheres e deveria prevalecer a diversidade”, comenta Arcaro. Ainda segundo o autor, a multiplicidade de mulheres em relação à idade, etnia, orientação sexual e classe social deveria ser contemplada. “Em um dos contos a protagonista é empresária, no outro é mãe solo, no seguinte é negra, no posterior é trans e assim por diante”. Como escreve Maria Fernanda Maglio, no texto de apresentação da quarta capa: “Uma costura de mulheres. Tarsila alinhavada com Eulália, Amanda, Lúcia, Adelaide, Rosa. E na mesma sequência de pontos está Capitu, Macabéa e Deus (sim neste pano Deus é mulher)”.

            Na orelha do livro, Micheliny Verunschk afirma que, com esta obra, Matheus Arcaro toma de empréstimo o título do quadro de Gustave Courbet para apresentar uma nova ‘A origem do mundo’, com “contos que gravitam em torno do feminino. Dezessete contos com nomes de mulher, em que a divindade ganha vulva e útero, e, por que não?, uma vida comezinha. Mas, para além disso e do acidental da existência de cada uma das personagens, essas histórias retratam também suas insubmissões e insurgências. Exemplo disso é a Vênus de Milo que, ganhando voz e consciência de si, conta a espantosa história de mulheres silenciadas e de como perde seus dois braços, em uma fábula deliciosa que une roubo intelectual, violência simbólica e Sir Isaac Newton.”

            O objetivo, segundo Arcaro, é “fotografar intensidades múltiplas do feminino, expressar artisticamente, por meio da escrita em prosa, a profundidade da vida de várias mulheres”. E Matheus faz a ressalva: “Não se trata de retratar experiências, visto que sou homem, mas de me colocar no lugar do outro (ou melhor, das outras) por meio da literatura. A noção de ‘lugar de fala’, fundamental sob o ponto de vista sociológico, não pode ser aplicada cruamente quando se trata de arte, já que o trabalho do escritor é justamente ‘viver outras vidas’ a partir de sua criação”. E aqui cabe novamente um trecho da quarta capa: “Com uma narrativa sensível e habilidosa, Matheus não responde à pergunta que bell hooks faz na epígrafe: “o que é uma mulher?”. Mas certamente faz com que o leitor reflita sobre ela”

            Os livros anteriores de Matheus Arcaro tiveram repercussão considerável, elogios de público e crítica, com resenhas em vários veículos de circulação nacional. Em seu sexto livro, Arcaro se mostra mais maduro na arte de narrar, com construções bem-acabadas tanto sob o aspecto do conteúdo, quanto sob o aspecto formal. Como ilustração, um trecho do conto “Mariana”:

“O que me faz revisitar essas páginas depois de tanto tempo? Talvez eu esteja percebendo que é inútil apertar as emoções num potinho tampado com a lógica. Porque sentimento é ligeiro, vaza pelas beiradas, escapa pelas frestas. Quantas vezes tentei recolocar a tampa, prender com esparadrapo? Pensei mesmo em parafusar. Mas parece que não me atentei que o fogo da panela estava alto demais: o sentimento explodiu a tampa da razão e se esparramou por dentro de mim”

 

Quem é o autor

Matheus Arcaro é Mestre em Filosofia contemporânea pela Unicamp. Pós-graduado em História da Arte. Graduado em Filosofia e também em Comunicação Social. É professor, artista plástico, palestrante e escritor, autor do romance O lado imóvel do tempo (Editora Patuá, 2016), dos livros de contos Violeta velha e outras flores (Editora Patuá, 2014) e Amortalha (Editora Patuá, 2017), do livro de poesias Um clitóris encostado na eternidade (Editora Patuá, 2019) e do livro de filosofia Nietzsche: verdade com metáfora e linguagem como dissimulação (Editora Amavisse, 2022). Também colabora com artigos para vários portais e revistas.

 

Serviço

Lançamento do livro “A origem do mundo”
Autor: Matheus Arcaro
Gênero: Contos
Data: 11 de maio de 2023
Local: Armazém Baixada (R. Duque de Caxias, 14, Ribeirão Preto - SP)
Horário: 19h30

Onde encontrar: site da editora Patuá: www.editorapatua.com.br

 

 


Observação

A noite de lançamento contará também com um “pocket show” de músicas brasileiras.

 

Site cultural de Ribeirão Preto

Desde 2013 propagando arte e cultura.